Você sabe o que é empatia? No livro Maurice, de E.M. Forster, o protagonista – um jovem atraente e elitista – alega que “os pobres não sofrem como sofreríamos se estivéssemos em seu lugar”. Pronto! Talvez você ainda não saiba o que é empatia, mas se ler esse trecho com cuidado, entenderá o que é a falta de empatia.
Empatia consiste na “capacidade de entender a subjetividade de outros seres humanos e imaginar que suas experiências interiores são semelhantes às nossas“, nas palavras de Lynn Hunt. Em outras palavras? Se colocar no lugar dos outros, para compreender o que eles estão sentindo e agir de acordo com isso.
No entanto, entender os sentimentos e as perspectivas de outra pessoa não equivale a seguir cegamente a máxima “faça aos outros o que gostaria que fosse feito a você”. Como afirmou George Bernard Shaw: “Nem sempre faça aos outros o que gostaria que fosse feito a você. Talvez os outros tenham um gosto diferente do seu”. A empatia envolve o descobrimento de tais gostos.
Todos nós – a não ser aqueles que possuem um defeito muito específico em seus cérebros, os famosos psicopatas – temos a capacidade de sentir empatia, e são muitos os motivos que deveriam nos levar a isso.
Ser empático será produtivo tanto para a sua vida pessoal e para os seus relacionamentos com familiares, amigos e parceiros, quanto para a sua vida profissional. Em um ambiente de trabalho, a empatia é essencial especialmente para os líderes. Ela encoraja e aprimora as atividades em equipe, levando-nos a compreender melhor os nossos colegas e clientes.
Ademais, aprofundar a sua capacidade de empatia é uma excelente maneira de dar o seu melhor no intuito de promover mudanças na sociedade. De acordo com Roman Krznaric, ex-professor de Sociologia de Cambridge, a empatia consiste em uma das maiores forças através das quais se atinge uma transformação social.
Conseguimos te convencer da imensa importância da empatia para as nossas vidas?Em caso positivo, continue conosco e veja como desenvolver a sua.
No livro A Invenção dos Direitos Humanos, a intelectual americana Lynn Hunt defende a perspectiva de que a leitura de romances é importante para o desenvolvimento de nossa capacidade de empatia.
E qual o motivo? Segundo Hunt, os romances apresentam a ideia de que todas as pessoas são, até um certo ponto, parecidas graças aos seus sentimentos íntimos. “Assim”, alega Hunt, “a leitura de romances cria um senso de igualdade e empatia graças ao envolvimento com narrativa”.
Dessa maneira, determinados romances – os bens escritos, em especial – fazem com que sintamos uma empatia que supera todas as fronteiras de classe social, gênero e nação.
*Não estamos falando de romance no sentido romântico e, sim, qualquer obra literária em prosa em que os personagens vivem diferentes conflitos e situações dramáticas.
Mas a leitura não é a única maneira de adquirir a empatia através da arte. Documentários também podem fazê-lo, assim como filmes e pinturas.
A romancista britânica George Eliot, em um ensaio sobre o realismo alemão, alegou que o maior benefício que devemos a um pintor, a um poeta ou a um romancista consiste no desenvolvimento de nossa empatia: “A arte consiste na coisa mais próxima da vida; é um modo de aumentar a experiência e ampliar nosso contato com os semelhantes para além de nosso destino pessoal”.
A empatia é desenvolvida através da interação social. Portanto, preste sempre atenção naqueles que estão ao seu redor. Fale com eles. Escute-os. Procure entender o que sentem e o que ampara suas ações, reações e crenças. Isso serve tanto no que se refere às pessoas com quem convive em uma base diária quanto aos desconhecidos.
Segundo Roman Krznaric, a curiosidade expande a nossa empatia na medida em que nos faz conviver com pessoas que se encontram fora de nosso círculo social usual. Na ocasião em que entramos em contato com aqueles que possuem vidas e opiniões que em nada se assemelham às nossas, podemos compreender melhor as suas motivações.
Criar um vínculo de empatia exige que você também esteja tão disposto a se expôrquanto o seu interlocutor. Portanto, aceite a sua vulnerabilidade. Não tenha medo de remover as suas máscaras, de revelar os seus sentimentos e de sair de sua zona de conforto.
A longo prazo, isso certamente será positivo a você. Criar um vínculo empático é uma das melhores maneiras de remediar a solidão crônica que, de acordo com pesquisas recentes, afeta uma a cada três pessoas.
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