Todo grupo costuma ter aquele membro que os demais classificariam como boring.
Não se trata necessariamente de uma pessoa má, nem de uma pessoa chata, mas sim de alguém entediante, por vezes desinteressante ou como diria uma amiga minha, sem sal.
Às vezes, essa pessoa é você.
E se for? Está tudo perdido? Eu lhes digo que não, senhoras, nem tudo está perdido, pois nada nos impede de nos desenvolvermos e de nos tornarmos pessoas mais interessantes.
Algumas pessoas dominam a arte da convivência desde o seu nascimento, mas nós também podemos dominá-la – ou compreender os seus mecanismos – com uma dose especial de esforço.
Quer chegar lá? Experimente colocar em prática esses 7 passos.
Ter um coração de ouro é importante, mas não espere que isto a ajude muito no instante em que entrar em contato com pessoas novas. Deixe de lado as velhas máximas a respeito de “não julgar um livro pela capa” e lembre-se de transmitir a impressão mais favorável possível. Mais tarde, deixe que a sua inteligência e a sua integridade exerçam sua função e façam o restante do trabalho.
Não há nada melhor do que um livro de oratória, contanto que ele não faça com que você acabe se portando como um robô. Do mesmo modo, agir de maneira inquieta é muito cansativo também.
Não tenha medo de rir. Todos gostamos de pessoas que apreciam as coisas e que não têm medo de demonstrar a sua apreciação. Alguém que esteja sempre com uma expressão de “eu duvido que você seja capaz de me divertir” é desestimulante; as pessoas logo desistem da tarefa e procuram campos mais suscetíveis.
Como colocou o escritor armênio Michael Arlen, “é realmente curioso, mas em um mundo repleto de amargura, as pessoas amargas tendem a não ser queridas”.
“A arte da conversação”, escreveu a americana Florence Hartley, “envolve o exercício de duas qualidades muito preciosas: a simpatia e a originalidade. O essencial é possuir a capacidade tanto de se comunicar quanto de ouvir com atenção”.
Procure abordar assuntos voltados para interesses que você e seus interlocutores tenham em comum e demonstre uma curiosidade sutil pelas coisas que interessam aqueles que a cercam. Saiba ouvir as opiniões dos demais, e expôr as suas com suavidade.
As americanas Alice Dickey e Helen Valentine colocaram a questão da seguinte maneira: “É difícil oferecer uma receita para uma conversa bem-sucedida, mas é evidente que as conversas prósperas baseiam-se em três fundamentos: reúna bons ingredientes, misture e tempere com suas próprias opiniões e sirva-os de modo atraente”.
Um dos interlocutores mais entediantes e insatisfatórios consiste naquele que evita todas as discussões sérias, concentrando-se em assuntos frívolos.
Saiba o que está acontecendo no mundo. Forme a sua opinião. No entanto, é igualmente indesejável formar uma opinião sobre assuntos que você ignora ou conhece apenas superficialmente. Leia, assista a documentários e faça o que puder para conviver com pessoas que, em termos intelectuais, acrescentem coisas a você.
É raro que uma única hora se passe sem que alguém faça algo por nós.
Pode ser o atendente da padaria. Pode ser a empregada. Pode ser o garçom. Qual é a sua atitude para com eles? Evite pensar que eles são apenas parte do cenário, uma pessoa a quem você pagou e a quem não deve absolutamente nada mais.
A atitude que você adota em relação àqueles que o servem reflete a sua atitude para com o restante das pessoas – e, como coloca Helen Valentine, “o agradecimento é um tributo, um reconhecimento do fato de que vivemos através da ajuda e consideração mútuas“.
Pense no que gostaria que as pessoas tivessem feito por você – e faça-o.
Você se lembra de quando entrou na faculdade? A timidez que o tomou no momento em que entrou em uma nova sala de aula ou em uma festa? A sensação sufocante de que todo mundo se conhece, a não ser você?
Provavelmente. Então lembre-se de não deixar que alguém passe por tal experiência sem a sua ajuda e a sua consideração.
É importante sabermos ser o centro das atenções nos momentos adequados, mas não é conveniente roubar a cena para si mesma de modo contínuo, nem obrigar as pessoas a prestarem atenção exclusivamente em você.
Quando temos confiança em nós mesmas, não precisamos provar nada.
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